Setembro Amarelo: A importância da prevenção ao suicídio e como você pode ajudar a salvar vidas

Todos os anos, o mês de setembro ganha um significado muito especial: ele se veste de amarelo para lembrar ao mundo da importância da prevenção ao suicídio. A campanha Setembro Amarelo surgiu para quebrar o tabu sobre o tema, incentivar o diálogo e oferecer acolhimento para quem sofre em silêncio.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 700 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos, e esses números poderiam ser reduzidos com informação, apoio e empatia. Esse artigo foi escrito para quem precisa de ajuda e também para aqueles que querem fazer a diferença na vida de alguém.

O que é o Setembro Amarelo?

A campanha Setembro Amarelo teve início no Brasil em 2015, organizada pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Brasileira de Psiquiatria.

O mês de setembro foi escolhido porque no dia 10 de setembro é celebrado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

O amarelo simboliza luz, vida e esperança, cores que refletem a mensagem central da campanha: sempre há uma saída, sempre há esperança.

Por que falar sobre prevenção ao suicídio é tão importante?

Falar sobre suicídio ainda é um tabu em muitos lugares. Esse silêncio, no entanto, é um dos principais inimigos da prevenção.

Muitas pessoas que enfrentam sofrimento emocional intenso não pedem ajuda por medo de julgamento. O Setembro Amarelo existe justamente para mudar isso: trazer a conversa à tona, incentivar o acolhimento e mostrar caminhos de tratamento e apoio.

A boa notícia é que o suicídio pode ser prevenido. Em mais de 90% dos casos, segundo a OMS, ele está associado a transtornos mentais tratáveis, como depressão e ansiedade. Quanto mais cedo a pessoa recebe ajuda, maiores são as chances de recuperação.

Sinais de alerta: como identificar quem precisa de ajuda

Nem sempre é fácil perceber quando alguém está sofrendo em silêncio, mas existem alguns sinais que podem indicar que uma pessoa precisa de apoio:

  • Mudanças bruscas de comportamento: alguém que antes era sociável passa a se isolar.
  • Tristeza constante ou desesperança: expressar falta de sentido para viver.
  • Frases de alerta: “não aguento mais”, “queria sumir” ou “seria melhor se eu não estivesse aqui”.
  • Alterações no sono e no apetite: dormir demais ou de menos, perder o interesse por comida.
  • Perda de interesse: hobbies, atividades e relacionamentos deixam de ter importância.
  • Abuso de substâncias: aumento do consumo de álcool ou drogas.

Reconhecer esses sinais é o primeiro passo para ajudar.

Como ajudar uma pessoa com ideação suicida

Ajudar alguém em sofrimento emocional pode parecer difícil, mas o mais importante é escutar sem julgar. Veja algumas atitudes que fazem a diferença:

  • Escute com empatia: dê espaço para que a pessoa fale sobre seus sentimentos.
  • Mostre que você se importa: pequenas frases como “estou aqui para você” podem salvar vidas.
  • Evite julgamentos: comentários como “isso é frescura” podem agravar a dor.
  • Incentive a busca por ajuda profissional: psicólogos, psiquiatras e grupos de apoio são fundamentais.
  • Acompanhe: mantenha contato frequente, mesmo que a pessoa pareça estar melhor.
  • Indique o CVV: no Brasil, o CVV oferece apoio emocional gratuito pelo telefone 188 ou pelo site cvv.org.br.

O papel da família e dos amigos na prevenção

A rede de apoio é um dos fatores mais importantes para evitar que o sofrimento emocional leve ao suicídio. Famílias e amigos podem:

  • Criar um ambiente acolhedor, livre de julgamentos.
  • Observar mudanças no comportamento sem minimizar os sentimentos da pessoa.
  • Incentivar conversas abertas sobre saúde mental.
  • Estar presentes e disponíveis, mesmo em pequenos gestos do dia a dia.

Como cuidar da sua própria saúde mental

Não é apenas quem está em sofrimento intenso que deve buscar apoio. Todos nós precisamos de cuidados com a saúde mental. Algumas dicas incluem:

  • Praticar atividades físicas regularmente.
  • Ter uma rede de apoio com familiares e amigos.
  • Estabelecer uma rotina saudável de sono, alimentação e lazer.
  • Aprender técnicas de autocuidado, como meditação e respiração.
  • Buscar ajuda psicológica, mesmo preventivamente.

Lembre-se: pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas de coragem.

A importância do Setembro Amarelo na sociedade

O Setembro Amarelo vai muito além de um mês temático. Ele é um movimento social que incentiva empresas, escolas, igrejas e comunidades a falarem sobre saúde mental.

A cada ano, a campanha alcança milhões de brasileiros, trazendo mais consciência, empatia e esperança. Essa conscientização tem um impacto direto na redução dos casos de suicídio, pois promove o acesso à informação e aos serviços de saúde mental.

Como você pode participar do Setembro Amarelo

Mesmo que você não seja um profissional de saúde, pode fazer parte dessa causa. Veja algumas formas de contribuir:

  • Compartilhe informações confiáveis nas redes sociais.
  • Use roupas ou acessórios amarelos para mostrar apoio.
  • Participe de eventos e palestras sobre prevenção ao suicídio.
  • Divulgue os canais de ajuda, como o CVV.
  • Seja um ombro amigo, ouvindo com empatia quem precisa desabafar.

Quando procurar ajuda profissional

Se você ou alguém próximo está passando por momentos de dor emocional, ansiedade extrema, depressão ou pensamentos suicidas, buscar apoio psicológico ou psiquiátrico é essencial.

No Brasil, existem diversas opções de atendimento:

CAPS (Centros de Atenção Psicossocial): atendimento gratuito pelo SUS.

Unidades Básicas de Saúde (UBS): primeiro contato com profissionais de saúde.

Consultórios particulares ou clínicas populares: atendimento acessível.

CVV (188): apoio emocional gratuito 24h por dia.

Mensagem final: A vida sempre vale a pena

O Setembro Amarelo é um lembrete poderoso: a vida tem valor. Se você está lendo este artigo e se sente perdido(a) ou sem forças, saiba que não está sozinho(a).

E se você está bem, mas quer ajudar, lembre-se de que sua escuta pode salvar vidas. Falar sobre saúde mental, apoiar quem precisa e combater o estigma são passos fundamentais para construir uma sociedade mais acolhedora.

A esperança existe, a vida tem sentido, e buscar ajuda é sempre o melhor caminho.

Publicado por Gercilene Lima

Cristã, casada e mãe de duas preciosidades, que dão cor e vida aos meus dias.

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